Design Emocional: o que é e como usá-lo na prática

 

O design emocional é uma estratégia fundamental para despertar sentimentos e emoções no consumidor, fazendo com que ele goste e crie uma forte ligação com determinada marca e assim compre o seu produto. 

 

Já não é de hoje que pesquisadores dizem que as emoções têm um papel determinante na capacidade das pessoas compreenderem o mundo e isso também se refere a forma como lidam com o consumo.

 

De acordo com estudos da Harvard, entre 85% e 95% das decisões de compra são realizadas de forma inconsciente, motivadas principalmente pelas emoções.

 

Se você chegou aqui, é porque está procurando conhecer melhor essas emoções e usá-las para promover o seu negócio. Continue lendo este artigo para saber mais sobre design emocional e como esse recurso pode te ajudar a vender melhor os produtos e serviços da sua empresa!

 

O que é design emocional?

 

O termo design emocional é relativamente novo e foi criado por Donald Norman, cientista cognitivo que é considerado um dos maiores gurus do Design.

 

 

Em suma, esse conceito funciona como uma espécie de estética aplicada a produtos ou serviços e que deve ser capaz de mudar a compreensão do consumidor por meio de emoções inconscientemente despertadas.

 

Embora o design tradicional esteja presente há muito tempo no mercado, ainda não se fala muito como as emoções do consumidor afetam a tomada de decisão de uma compra.

 

Segundo Norman, um designer precisa levar em consideração diversos fatores ao criar um produto, tais como:

 

  •   Material;
  •   Método de fabricação:
  •   Comercialização;
  •   Custo;
  •   Praticidade;
  •   Facilidade no modo de usar o produto.

 

Ainda de acordo com o cientista, o que muitos consumidores não percebem é que existe um forte elemento emocional em como os produtos são planejados e colocados em uso.

 

Assim, a primeira coisa que o profissional precisa ter em mente é que o design emocional está diretamente relacionado à experiência do usuário.

 

 

Em seus estudos, Norman considera que nem sempre os produtos com melhor qualidade, usabilidade e segurança são os favoritos dos consumidores.  Na realidade, se o design deste produto for atrativo e despertar boas emoções nas pessoas, é bem provável que será considerado como a melhor opção de compra.

 

Quais são os níveis de design emocional?

 

Em seu livro “Design Emocional: Por que Adoramos (ou Detestamos) os objetos do Dia-a-dia”, Norman explica que para que um produto seja bem-sucedido no mercado, ele deve satisfazer e atingir os três níveis emocionais do design emocional. Confira abaixo quais são:

 

Visceral

 

O primeiro e mais básico nível se relaciona com o instinto. É a primeira impressão que o consumidor sente sobre o primeiro contato com o produto.

 

É neste momento que a forma, as cores, os contornos e os contrastes se tornam fundamentais e farão toda a diferença. Por se tratar da primeira reação, quase sempre é imperceptível e incontrolável pela pessoa.

 

De acordo com Norman, quanto mais visceral for um produto, maiores são as chances do consumidor considerar que é a sua melhor opção, ainda que não seja verdade.

 

Comportamental

 

O segundo nível trata de sensações que acontecem de modo totalmente inconsciente e são um dos principais responsáveis pelas decisões que as pessoas de fato tomam no dia a dia.

 

Esse nível é alcançado quando a pessoa manuseia o produto e se sente confortável e satisfeita no momento do uso e, assim, se identificando com ele.

 

Assim, a qualidade do produto pode não ser a melhor, mas a maneira como ele é apresentado pode proporcionar uma boa experiência e afetar a percepção inconscientemente do consumidor a seu respeito.

 

Reflexivo

 

O último nível emocional tem relação com o superego, conhecida parte do cérebro que não controla nada do que faz e simultaneamente está de olho em tudo ao seu redor.

 

O superego influencia a percepção que temos sobre nós mesmos, e nos compara a outras pessoas. É ele que desperta o desejo de status e de ser bem-visto pela sociedade. Assim, muitas pessoas acabam comprando algo que transmita um certo status social.

 

Qual a relação entre design emocional e a experiência do usuário?

 

Em todo processo de desenvolvimento de um produto, é fundamental entender as necessidades do consumidor e prever seu comportamento. Isso é possível quando se gera experimentação e pelo estudo do design emocional.

 

 É preciso saber quando o consumidor está satisfeito com a experiência de usabilidade do produto ou se está se sentindo frustrado por não conseguir ter suas necessidades atendidas.

 

Durante esse processo, baseado no UX design, a experiência do usuário precisa ser constantemente avaliada e testada a fim de garantir o melhor resultado.

 

Quando se refere ao design emocional, por exemplo, a estética do produto pode influenciar o consumidor a deixar de avaliar a usabilidade, a eficácia e até a abrir mão da experiência por não ter gostado da sua aparência.  É exatamente por isso que as emoções são tão importantes nos processos de UX.

 

Como usar o design emocional para benefício do seu negócio

 

Agora que você já sabe o que é o design emocional e como ele influencia na decisão de compra do consumidor, chegou a hora de aprender como aplicá-lo na sua empresa.

 

Veja abaixo algumas dicas para aproveitar ao máximo essa estratégia. Confira!

 

1. Conte uma história e crie uma ligação emocional

 

Já é de conhecimento geral no mundo do marketing que contar histórias é um fator determinante para criar conexões e engajar o público na mensagem que se deseja transmitir.

 

Quanto mais atrativa e emocionante for essa história, maiores serão as chances dos usuários prestarem atenção e criarem uma ligação com a marca e considerarem a compra.

 

2. Use os elementos certos e desperte emoções

 

O design emocional tem como objetivo principal despertar as melhores emoções, por isso, é necessário se atentar aos elementos que permitirão alcançar esse objetivo.

 

Nesse sentido, o consumidor, ao olhar para o produto, deve automaticamente sentir uma sensação agradável.

 

3. Foque na experiência de uso do consumidor

 

Como já vimos, o comportamento está diretamente relacionado ao prazer e facilidade de uso do consumidor. Ou seja, além do produto apresentar uma estética atraente e agradável, ele deve oferecer uma experiência satisfatória e fazer com que o consumidor se sinta no controle da situação.

 

4. Aumente o valor e o status do produto

 

Como visto anteriormente, no nível reflexivo, a escolha dos produtos está fortemente relacionada ao status social. Assim, é preciso agregar valor e status ao produto para que o mesmo tenha maiores chances de venda.

  

Em suma, o design emocional pode ajudar a sua empresa a atrair mais pessoas, gerar encantamento, estimular a necessidade de consumo e, consequentemente, vender mais.

 

Agora que chegamos ao fim do artigo, você já deve estar convencido de que essa estratégia é fundamental para conquistar o público da sua marca.  Então, que tal entrar em contato conosco? Podemos te ajudar a dar os primeiros passos nesse conceito e planejar estratégias para colocá-lo em prática.